STF analisa nesta sexta decisão de Dino sobre emendas parlamentares
Medida, que está em vigor, deve ser referendada pelo plenário da corte

Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF
O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia hoje (28) julgamento sobre a homologação do plano de trabalho do Congresso para aumentar a transparência e a rastreabilidade das emendas parlamentares ao Orçamento da União.
A decisão do ministro Flávio Dino está valendo, mas precisa ser referendada pelo plenário da Corte, conforme o regimento interno.
A sessão virtual sobre o tema está marcada para começar nesta sexta-feira (28) e terminar às 23h59 da próxima quarta-feira (5).
Dino aprova plano do Congresso
O compromisso do Congresso foi enviado na terça-feira (25) ao ministro, que é relator dos processos que tratam das medidas de transparência determinadas pela Corte para o pagamento das emendas.
Na mesma decisão, o ministro liberou o pagamento das emendas deste ano e dos anos anteriores que estavam suspensas por decisões da Corte.
Plano de trabalho
Pelo plano de trabalho da Câmara e do Senado, a partir do exercício financeiro deste ano, não será mais possível empenhar emendas sem a identificação do parlamentar que fez a indicação e da entidade que vai receber os recursos.
Conforme a decisão de Dino, não entram na liberação:
. emendas específicas para organizações não governamentais (ONGs) e entidades do terceiro setor que foram alvo de auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU);
. recursos para a saúde que não estão regularizados em contas bancárias específicas e emendas de bancada;
. emendas de bancada e de comissão que não foram convalidadas em atas das respectivas comissões e que estejam sem identificação do parlamentar.
Entenda
O impasse sobre a liberação das emendas começou em dezembro de 2022, quando o STF entendeu que as emendas chamadas de RP8 e RP9 eram inconstitucionais. Após a decisão, o Congresso Nacional aprovou uma resolução que mudou as regras de distribuição de recursos por emendas de relator para cumprir a determinação da Corte.
No entanto, o PSOL, partido que entrou com a ação contra as emendas, apontou que a decisão continuava em descumprimento.
Após a aposentadoria da ministra Rosa Weber, relatora original do caso, Flávio Dino assumiu a condução do caso.
Em agosto do ano passado, Dino determinou a suspensão das emendas e decidiu que os repasses devem seguir critérios de rastreabilidade. O ministro também determinou que a CGU auditasse os repasses dos parlamentares por meio das emendas do orçamento secreto.
Dino manda CGU auditar R$ 469 milhões de emendas
No mês passado, Flávio Dino suspendeu emendas parlamentares para ONGs devido à falta de transparência. Em dezembro, por exemplo, ele havia bloqueado as transferências de R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão.
O total previsto para emendas parlamentares no Orçamento de 2025, que ainda não foi aprovado, chega a R$ 52 bilhões, uma alta em relação a 2024, quando a cifra foi de R$ 49,2 bilhões. Há dez anos, em 2014, esse valor era de R$ 6,1 bilhões.
Por Agência Brasil
Notícias Relacionadas
- Por REDAÇÃO
- 11/03/2025
Padilha diz que principal meta é reduzir tempo de espera no SUS
Novo ministro da Saúde promete combater o negacionismo
- Por REDAÇÃO
- 10/03/2025
Priscila Krause se filia ao PSDB enquanto Raquel Lyra deixa a legenda
Vice-governadora de Pernambuco troca de partido um dia antes da mudança da...
- Por REDAÇÃO
- 10/03/2025
Haddad prevê queda da inflação em 2025 por causa de supersafra
Ministro disse ainda que economia crescerá com "moderação"
- Por REDAÇÃO
- 28/02/2025
STF analisa nesta sexta decisão de Dino sobre emendas parlamentares
Medida, que está em vigor, deve ser referendada pelo plenário da corte
- Por REDAÇÃO
- 27/02/2025
Governadora Raquel Lyra assina ordem de serviço para conclusão da Barragem de Gatos
A retomada das obras da Barragem de Gatos, que visa conter enchentes e...
- Por REDAÇÃO
- 26/02/2025
Lula decide substituir Nísia por Padilha no Ministério da Saúde
Posse está marcada para o dia 6 de março