Morre no Recife, aos 89 anos, o cantor e compositor, Genival Lacerda

Morreu no Recife, aos 89 anos, o cantor e compositor de forró, Genival Lacerda. O artista estava internado na UTI desde o dia 30 de novembro, depois ter contraido o novo coronavírus, e não resistiu aos impactos sintomáticos da Covid-19. A doença se manifestou de forma grave e, nos últimos momentos de vida do cantor, foi necessário o suporte de ventilação para ajudá-lo a respirar, medida insuficiente na tentativa de preservar a saúde já debilitada do artista. Em maio deste ano, Genival Lacerda esteve internado em uma unidade hospitalar depois de sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) enquanto estava isolado em casa por conta da pandemia.

Nascido em Campina Grande, na Paraíba, em 1931, Genival começou a carreira na década de 1950. Sanfoneiro habilidoso, ganhou fama entre os amantes da música popular  brasileira. O primeiro álbum de sucesso foi gravado em  “78 rotações”,  lançado em 1955, com canções de prestígio como “Coco de  56”. Mas, somente anos depois, os maiores sucessos do cantor nasceriam. Entre eles  a música “Severina Xique Xique”, que rendeu mais de 800 mil cópias vendidas, além de outros destaques como “De quem é esse jegue?” e “Radinho de Pilha”. Ao todo, foram aproximadamente 70 discos gravados em 65 anos de carreira.

Como cantor de Forro, Genival Lacerda teve, também,  participações no Cinema. Ele esteve no elenco do filme “Vamos Cantar Disco Baby”, em 1979. Anos depois, em 1985 voltou a telona no filme “Made in Brasil”. Em 1990, participou de "Beijo 2348/72”. Em 2009, foi a estrela central do documentário O rei da munganga para falar sobre a própria carreira.

Genival Lacerda morava no Recife e tinha como parceiro nos últimos anos o filho Joao Lacerda. A morte do cantor deixa de luto a família, fãs e admiradores de um legado artístico importante na história do Forró, do Xaxado e do Baião.

Confira as informações com o repórter Vitor Araújo, clicando no play acima.