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EaD em alta no Brasil: estudo mapeia o perfil do estudante da modalidade


Por: REDAÇÃO Portal

Pesquisa do Instituto Yduqs revela as características dos estudantes de ensino a distância no Brasil

Pesquisa do Instituto Yduqs revela as características dos estudantes de ensino a distância no Brasil

Foto: Etienne Boulanger/Unsplash

28/03/2025
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O Ensino a Distância (EaD) se consolidou como uma alternativa para ampliar o acesso à educação no Brasil. Com mais de 30 anos de existência, a modalidade atende 4,9 milhões dos 9,9 milhões de universitários do país. O modelo tem sido uma opção viável para muitos brasileiros que buscam qualificação profissional e melhores oportunidades no mercado de trabalho.

Uma pesquisa do Instituto Yduqs, realizada pela Plano CDE, analisou o perfil do estudante de EaD no Brasil. O levantamento entrevistou alunos que participaram do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) em 2021 e 2022. Os resultados indicam um público cada vez mais diversificado, acompanhando as mudanças sociais do país.

"O EaD representa uma verdadeira revolução na forma como a educação chega à população brasileira. Ele elimina barreiras geográficas e financeiras, oferecendo a milhares de brasileiros a oportunidade de conquistar um diploma universitário e melhorar suas condições de vida, ao mesmo tempo em que contribui para o desenvolvimento do país", afirma Cláudia Romano, presidente do Instituto Yduqs e vice-presidente do grupo educacional Yduqs.

A flexibilidade do EaD é um dos principais atrativos para os estudantes. Muitos conciliam os estudos com trabalho e família. Segundo o levantamento, 60% têm mais de 30 anos e sete em cada dez trabalham 40 horas semanais. A pesquisa também aponta que 59% dos estudantes de EaD concluíram o ensino médio há mais de 10 anos, enquanto no ensino presencial esse percentual é de 32%. Além disso, 11% estudaram na Educação de Jovens e Adultos (EJA) e 59% moram com cônjuges ou filhos, contra 23% dos alunos presenciais.

O estudo revela ainda que 82% dos alunos de EaD cursaram todo o ensino médio em escolas públicas. A maioria pertence às classes média-baixa e baixa. Muitos são os primeiros da família a ingressar no ensino superior. Cerca de metade contribui ou é a principal fonte de renda da casa. Para muitos, o ensino superior a distância representa uma oportunidade de crescimento pessoal e profissional.

O fator econômico também pesa na escolha. Para metade dos entrevistados, a principal razão para optar pelo EaD foi a influência na inserção no mercado de trabalho e no crescimento profissional. Entre eles, 30% apontaram a busca por emprego e 20% citaram a valorização profissional. O custo reduzido das mensalidades também influencia a escolha da instituição de ensino.

"O EaD não é apenas um modelo de ensino, mas uma ferramenta essencial para a mobilidade social. Ele permite que pessoas de diferentes origens e contextos se qualifiquem para o mercado de trabalho, alcançando o sucesso profissional e pessoal, independentemente das dificuldades econômicas ou logísticas", diz Cláudia Romano.

O Censo Demográfico 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica que o percentual de brasileiros com ensino superior completo cresceu entre 2000 e 2022. Em 2000, apenas 6,8% da população com 25 anos ou mais possuía diploma universitário. Esse índice subiu para 11,3% em 2010 e atingiu 18,4% em 2022. O avanço foi impulsionado por programas como o Fies e o Prouni, além da expansão do EaD. Apesar do crescimento, o Brasil ainda tem um nível educacional abaixo de países com desenvolvimento semelhante.

 

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