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Justiça condena mulher pelo crime de racismo contra família de Caruaru a mais de dez anos de prisão


Por: REDAÇÃO Portal

Ela individualizava cada integrante da família por nomes que remetiam a primatas

Ela individualizava cada integrante da família por nomes que remetiam a primatas

Foto: Reprodução

23/07/2024
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A 4ª Vara Criminal de Caruaru, determinou a prisão de Ilária Lindalva da Silva pelo crime de racismo na Ação Penal impetrada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE). A mulher foi sentenciada a dez anos e seis meses de reclusão e um mês de detenção por agredir com ofensas discriminatórias uma família no bairro Cidade Jardim, na Capital do Agreste.

“O caso é de grande repercussão na cidade, pois a família inteira sofreu diversos tipos de agressões em razão de sua raça por dois anos ininterruptos. Durante todo esse tempo, manteve-se confiante na Justiça”, afirmou a Promotora de Justiça Themes Costa.

Em depoimentos, integrantes da família são unânimes em afirmar que sofreram com injúrias em razão da raça e cor da pele, pois a vizinha os atacava com termos como “bando de macacos”, “família de macacos”, “depois que esses macacos vieram morar aqui, não tenho mais sossego”, entre outros. Ela individualizava cada integrante da família por nomes que remetiam a primatas.

O texto da Ação Penal também cita que a mulher ofendia, inclusive, um garoto de 7 anos, que ficou com muito medo dela, chegando a não sair mais para brincar com amigos da vizinhança, nem mesmo no quintal da sua própria casa.

A suspeita ainda atirava fezes de cachorro na residência da família, assim como bananas, pedras, paus, garrafas e tijolos no telhado e quintal das vítimas e ainda ameaçou incendiar o carro da família. Uma das vítimas é uma senhora de 72 anos, cujos problemas de saúde se agravaram devido aos ataques.

“A atuação da Promotoria de Justiça e a resposta do Judiciário nessa situação de racismo ocorrida em Caruaru deixam clara a mensagem para a população de que não se tolera esse crime. Dá uma sensação de segurança e Justiça”, comentou a Coordenadora do GT Racismo do MPPE, Procuradora de Justiça Ivana Botelho.

 

*g1 Caruaru e região 

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