
Governo propõe tirar R$ 5 bi de gastos do PAC da meta fiscal de 2024
Abatimento consta de mensagem modificativa ao projeto da LDO

Foto: Agência Brasil
Uma alteração ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 pretende dar espaço para o governo retirar R$ 5 bilhões do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da meta fiscal do próximo ano. A proposta consta de mensagem modificativa enviada nesta segunda-feira (7) à noite pelo governo à Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional, mas divulgada nesta terça-feira (8).
Na mensagem, que muda o projeto da LDO, o governo quer que esses R$ 5 bilhões sejam abatidos dos investimentos das estatais não-dependentes do Tesouro (estatais com receita própria). Com a alteração, essas empresas poderiam gastar no Novo PAC, sem pôr em risco o cumprimento da meta fiscal do próximo ano.
O projeto do novo arcabouço fiscal, aprovado no Senado e enviado para segunda votação na Câmara dos Deputados, estabelece meta de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) de déficit primário para este ano e meta zero para 2024, com margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB para mais ou para menos. Dessa forma, o Governo Central – Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – poderia ter déficit de 0,25% até superávit de 0,25% do PIB no próximo ano.
O resultado primário equivale ao resultado das contas do governo – déficit, superávit ou resultado zero – sem o pagamento dos juros da dívida pública. Enviado em abril ao Congresso Nacional e ainda sem relatório apresentado, o projeto da LDO de 2024 prevê as diretrizes para o Orçamento do próximo ano. Em relação às metas fiscais, o texto está alinhado ao projeto do futuro arcabouço fiscal.
Justificativa
Na mensagem de nove páginas, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, o governo justifica a blindagem dos R$ 5 bilhões de investimento das estatais no Novo PAC. Segundo o texto, a mudança foi elaborada “tendo em vista a flexibilidade na execução desses investimentos e sua importância para o desenvolvimento econômico e social do país”.
O abatimento de gastos do PAC da meta de resultado primário ocorreu durante o segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do primeiro mandato da presidenta Dilma Rousseff. Na época, a política foi criticada porque levou ao enfraquecimento das metas de superávit primário. A nova versão do PAC será lançada na sexta-feira (11), em evento no Rio de Janeiro, com a promessa de gastos anuais de R$ 60 bilhões.
A proposta do governo precisa ser aprovada pelo Congresso. O deputado Danilo Forte (União-CE) é o relator da LDO de 2024. O projeto do Orçamento do próximo ano será enviado ao Congresso em 31 de agosto, mas pode tramitar junto com o texto da LDO, caso ele não seja votado até o fim do mês.
Por Agência Brasil
Notícias Relacionadas
- Por REDAÇÃO
- 01/04/2025
Investimentos de bancos em IA generativa aceleram a automação do setor financeiro
Atualmente, metade dos bancos já aderiram a IA generativa com a meta de...
- Por REDAÇÃO
- 01/04/2025
BC recebe documentos de pedido de compra do Banco Master pelo BRB
Órgão tem 360 dias a partir do início do processo para checar material
- Por REDAÇÃO
- 01/04/2025
Receita recebe 5,3 milhões de declarações do IR em duas semanas
Prazo para entrega termina às 23h59min59s de 30 de maio
- Por REDAÇÃO
- 31/03/2025
Haddad discutirá transição ecológica e reforma do G20 na França
Financiamento a florestas tropicais e mercado de carbono são destaques
- Por REDAÇÃO
- 31/03/2025
BNDES e Cepal abrem inscrições para primeira turma de capacitação
Serão ofertadas 60 vagas; inscrições vão até o dia 25 de abril
- Por REDAÇÃO
- 31/03/2025
Receita paga lote da malha fina do Imposto de Renda nesta segunda
Cerca de 120 mil contribuintes receberão R$ 253,88 milhões