
Em Pernambuco, mais de 40 mulheres foram vítimas de feminicídio em 2022
Neste ano foram registradas 20 mil queixas de violência doméstica, e ainda 200 mulheres têm recebido proteção da polícia, após ameaças

Foto: Arquivo / Agência Brasil
O número de mulheres vítimas da violência em Pernambuco só aumenta. Somente nos seis primeiros meses do ano, 39 mulheres foram assassinadas. De sábado até a data de hoje, três feminicídios ocorreram no estado. Reforçando que entre esse período de quase uma semana, se comemorou os 16 anos da Lei Maria da Penha. Nem a justiça, nem a polícia conseguiram livrar Renata Alves, em Campo Grande, Fernanda Mirtes, em Jaboatão dos Guararapes, e Juliana Maria, em Catende, que são, infelizmente, as três recentes vítimas do sentimento de posse de ex-namorados ou namorados.
No último balanço divulgado pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS), 39 feminicídios foram registrados entre janeiro e junho deste ano. A média é de uma morte a cada quatro ou cinco dias. Também neste ano foram registradas 20 mil queixas de violência doméstica, e ainda 200 mulheres têm recebido proteção da polícia, após ameaças. De acordo com a Secretaria da Mulher de Pernambuco, existem 524 unidades de proteção às mulheres em situação de violência, número que para Mônica Oliveira, Membro da Coordenação da Rede de Mulheres Negras de Pernambuco, não tem se mostrado suficiente para garantir a proteção do público feminino no estado.
Ainda segundo Mônica, é necessário discutir e executar políticas públicas que protejam as mulheres da recorrente violência e por isso é importante que a sociedade observe as pautas voltadas à esse combate feitas por políticos eleitos e que pretendem se eleger.
De acordo com levantamento do movimento de mulheres, 79% das vítimas que procuram realizar a denúncia afirmam que os policiais não acreditam na seriedade dos relatos de ameaça e no risco que a mulher corre. Composta por 14 municípios e o Distrito de Fernando de Noronha, a Região Metropolitana do Recife tem mais de 4 milhões de habitantes, no entanto, a região conta com apenas dez centros de atendimento às mulheres. Na Capital, existem dois centros de referência e um foi inaugurado em março deste ano.
Atualmente existem diversos serviços de atendimento disponíveis para denúncia de violência contra a mulher, que podem ser realizados através do número 180, referente a Central de Atendimento à Mulher, 190 da Polícia Militar, e o Disque Denúncia, no (81) 3421-9595.
Ouça a matéria do repórter Guilherme Camilo clicando no play acima.
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