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Economia

Desemprego tem levado empreendedorismo incerto aos pernambucanos


Por: REDAÇÃO Portal

Segundo o IBGE, 13,4% da população terminou 2023 em desocupação, maior taxa do país.

Segundo o IBGE, 13,4% da população terminou 2023 em desocupação, maior taxa do país.

Foto: Bernardo Dantas

19/02/2024
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Em 2023, Pernambuco registrou a maior taxa de desocupação do país. O IBGE divulgou nessa sexta-feira (16), dados de carência no emprego formal, dentro da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD). Nesta escala, o estado assinala a falta de oportunidades para 13,4% da população de 14 anos ou mais. O número representa quase o dobro da média nacional, na ordem de 7,9%. Conforme especialistas, a tendência vem se repetindo nos últimos cinco anos. O resultado de 2023 tem, entre as principais influências, setores como o comércio e serviços, que apresentaram retenção de investimentos em razão de incertezas econômicas.

Aproximadamente metade dos pernambucanos trabalhou na informalidade em algum momento de 2023, enquanto a média nacional foi de 39,1%. Segundo o levantamento, mesmo com índices preocupantes, esse foi o menor percentual do estado desde 2015, além de demonstrar uma tendência de queda nos dois últimos anos. Em 2021, com a economia ainda sob efeito das ações de lockdown, o degrau chegou a 20,2%; em 2022, a taxa foi de 15,9%. O apanhado ressalta que a taxa de informalidade, aferida por trabalhadores sem carteira assinada, domésticos sem registro, empregador sem CNPJ, conta própria sem CNPJ e trabalhador familiar auxiliar, foi de 50,1% da população ocupada.

Representando alguns dos nichos que derrubaram o ranking , a Fecomércio-PE, avalia que a projeção também não é animadora para 2024. Entre os pontos, a entidade cita o impacto da elevação da alíquota do ICMS no cenário econômico do comércio varejista estadual. A estimativa aponta que a elevação para 20,5% no modal afeta, principalmente, o segmento de bens não duráveis, com alimentos e bebidas; e semiduráveis, com vestuários e calçados. 

Na visão do Governo do Estado, os números não demonstrariam, necessariamente, um panorama de declínio. "Quando eu observo o recorte do último trimestre, entre outubro e dezembro, nós estamos na verdade avançando, com novas vagas de emprego geradas e índices que foram superiores aos demais polos do Nordeste", rechaça a secretária de Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo, Amanda Aires. Segundo ela, a gestão investiu na atração de investimentos, com a chegada de companhias como o Mix Mateus e a Heineken.

Para a gerente de planejamento e gestão do IBGE em Pernambuco, Fernanda Estelita, os indicadores de produção industrial, de serviços e de vendas do comércio já demonstravam, ao longo de 2023, um menor dinamismo na economia pernambucana. "O grande volume de pessoas no mercado informal, sem garantias trabalhistas e com menores rendimentos do trabalho, gera uma insegurança quanto ao futuro, refletindo em menores despesas e compras de menor valor", pontuou.

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