Anfavea: queda de impostos pode aumentar venda em até 300 mil carros
Fábricas produzirão mais e lockdowns estão suspensos

Foto: Agência Brasil
O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio Lima Leite, afirmou, nesta quinta-feira (25), em São Paulo, que a redução de impostos no setor, anunciada pelo governo federal, está produzindo efeitos imediatos na cadeia de produção automobilística. Ele disse que as montadoras já estão alterando planejamentos para poder produzir mais.
"Nós tivemos notícias de três fábricas que suspenderam lockdowns [paralisação dos trabalhos por falta de demanda] que estavam previstos. O efeito [da redução dos impostos] é imediato [e isso explica] a urgência dessas medidas", disse, em entrevista, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Para ele, a queda de impostos poderá elevar a produção do setor em cerca de 300 mil veículos por ano. Ele ressaltou, no entanto, que as medidas ainda não foram anunciadas na sua integralidade.
"Essas medidas podem impactar o mercado entre 200 ou 300 mil unidades, mas depende, porque nós ainda não conhecemos todas as regras. Mas não seria muito imaginar algo em torno de 200 mil a 300 mil unidades dependendo de como vai ser essa composição que será anunciada", acentuou.
Leite garantiu que o corte de impostos não irá causar diminuição na tecnologia empregada nos carros, assim como não haverá redução na segurança dos veículos e no cuidado ambiental.
"Os itens de segurança obrigatórios, que foram uma grande conquista para o consumidor e para a sociedade, eles estão mantidos. Não há qualquer flexibilidade em relação à segurança veicular. Igualmente, não há qualquer flexibilidade quanto à questão ambiental e há um estímulo em caráter social em função do preço do veículo", finalizou.
Fim dos lockdowns
Leite afirmou não estar autorizado a dizer o nome das empresas que suspenderam os lockdowns programados, mas disse que a indústria automobilística nacional já registrou 14 paralisações de fábricas em 2023.
"Estamos com 50% de capacidade ociosa. É um momento realmente de recuperação da indústria. Esse fenômeno não aconteceu apenas no Brasil, é um fenômeno global, mas principalmente no Brasil as taxas de juros acabaram contribuindo muito para a redução do mercado", explicou.
Por Agência Brasil
Notícias Relacionadas
- Por REDAÇÃO
- 01/04/2025
Investimentos de bancos em IA generativa aceleram a automação do setor financeiro
Atualmente, metade dos bancos já aderiram a IA generativa com a meta de...
- Por REDAÇÃO
- 01/04/2025
BC recebe documentos de pedido de compra do Banco Master pelo BRB
Órgão tem 360 dias a partir do início do processo para checar material
- Por REDAÇÃO
- 01/04/2025
Receita recebe 5,3 milhões de declarações do IR em duas semanas
Prazo para entrega termina às 23h59min59s de 30 de maio
- Por REDAÇÃO
- 31/03/2025
Haddad discutirá transição ecológica e reforma do G20 na França
Financiamento a florestas tropicais e mercado de carbono são destaques
- Por REDAÇÃO
- 31/03/2025
BNDES e Cepal abrem inscrições para primeira turma de capacitação
Serão ofertadas 60 vagas; inscrições vão até o dia 25 de abril
- Por REDAÇÃO
- 31/03/2025
Receita paga lote da malha fina do Imposto de Renda nesta segunda
Cerca de 120 mil contribuintes receberão R$ 253,88 milhões