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Agente Policial detido por suposto roubo de entorpecentes da delegacia e troca com traficantes por favores sexuais


Por: REDAÇÃO Portal

Suspeito ocupava cargo de comissário, nível mais alto que um agente da Polícia Civil pode alcançar.

Suspeito ocupava cargo de comissário, nível mais alto que um agente da Polícia Civil pode alcançar.

Foto: Polícia Civil/Divulgação

04/08/2023
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Na segunda-feira (2), um agente da Polícia Civil foi preso sob alegações de ter roubado e desviado substâncias ilícitas armazenadas na delegacia de Serra Talhada, no Sertão de Pernambuco, com suspeitas de tê-las entregue a traficantes em troca de favores sexuais. A Operação Pérfido, conduzida pela própria Polícia Civil, investigou o caso. Durante a ação, oito mandados de busca e apreensão foram executados, além de um mandado de prisão em relação ao funcionário.

De acordo com informações da Polícia Civil, os desvios foram confirmados após análise da diretoria de inteligência, utilizando imagens obtidas pelas câmeras de vigilância da própria delegacia. Além de supostamente fornecer as drogas desviadas, o comissário também é suspeito de obstruir investigações ao divulgar informações estratégicas a criminosos.

O delegado adjunto do Grupo de Operações Especiais, Jorge Pinto, relatou: "Não podemos divulgar a identidade dos envolvidos para evitar interferências nas investigações. No momento, podemos afirmar que há indícios de conexões entre o comissário e alguns traficantes locais. Além disso, há informações de que ele estaria trocando drogas por relações sexuais com certos indivíduos."

Apesar de não ter sido revelado o tempo de serviço do suspeito, o delegado confirmou que o mesmo ocupava a posição de comissário, que é o posto mais alto na hierarquia dos agentes da Polícia Civil. As investigações tiveram início em junho, após uma denúncia anônima.

O delegado Jorge Pinto também expressou seu pesar pelo fato de um membro da corporação estar envolvido em atividades criminosas. Ele declarou: "Esperamos que isso sirva como exemplo. O trabalho do Grupo de Operações Especiais é sempre desafiador nesses casos, pois envolve uma pessoa em quem a população confia, mas nossa responsabilidade exige a ação."

O suspeito foi conduzido ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel) e aguarda a decisão judicial sobre a manutenção da prisão.

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