Secretaria de Saúde de Pernambuco confirma dois primeiros casos de Febre do Oropouche
Vírus foi encontrado em exames de dois pacientes residentes de Rio Formoso
Foto: Gato Júnior
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que foram confirmados os dois primeiros casos de Febre do Oropouche em Pernambuco. A virose, que é comum na região Norte e já foi notificada em diversos estados do país, é transmitida por mosquitos e provoca sintomas semelhantes aos da dengue, como dores intensas de cabeça e musculares, além de febre.
A informação foi divulgada nessa quarta-feira (22) pelo governo do estado. De acordo com a SES, os pacientes que apresentaram resultado positivo para a doença são um homem de 35 anos e uma mulher, de 45, que moram em Rio Formoso.
Para chegar ao diagnóstico, o Laboratório Central de Pernambuco (Lacen) analisou amostras coletadas de 10% do total de pessoas que estavam com sintomas de arboviroses e testaram negativo para infecções como dengue, zika e chikungunya. Os kits de testagem foram distribuídos pelo Ministério da Saúde.
A SES ainda informou que vai enviar, nesta quinta-feira (23), equipes de Vigilância Ambiental e Vigilância em Saúde a Rio Formoso para dar continuidade à investigação dos casos e adotar medidas de controle de mosquitos.
O que é a Febre do Oropouche
- Causada pelo vírus Orthobunyavirus oropoucheense, a Febre do Oropouche é uma arbovirose — termo usado para se referir a doenças transmitidas por mosquitos;
- O vírus é mantido no sangue desses insetos depois que eles picam uma pessoa ou outro animal infectado, que acaba sendo o vetor da doença;
- Os sintomas são semelhantes aos da dengue e da chikungunya, como dores de cabeça, nos músculos e nas articulações, náusea e diarreia, além de febre;
- A doença é endêmica em áreas florestais no Norte do país, mas, no início do ano, o número de casos começou a crescer naquela região;
- Em fevereiro, foi registrado o primeiro caso da doença no Rio de Janeiro, num homem de 42 anos que tinha voltado de uma viagem ao Amazonas;
- Segundo especialistas, a infecção tem dois ciclos de transmissão;
- No ciclo silvestre, a doença é transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis (conhecido como maruim), enquanto no ciclo urbano, o transmissor é o mosquito Culex quinquefasciatus, chamado de muriçoca ou pernilongo.
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