Produção industrial em Pernambuco sofre queda de 5,5% em abril
A queda indica que o setor industrial não teve fôlego para manter o crescimento após os resultados positivos dos meses anteriores.
Foto: CNI
A produção industrial em Pernambuco registrou uma queda de 5,5% em abril em comparação ao mês anterior, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) divulgada pelo IBGE. Esse resultado coloca o estado como o segundo pior desempenho entre as 18 localidades pesquisadas, ficando atrás apenas do Amazonas (-14,2%). O Brasil também apresentou uma retração, porém mais discreta, de 0,6%.
Na comparação entre abril de 2023 e o mesmo período do ano passado, houve um recuo de 6,8% no volume de produção da indústria pernambucana, um percentual superior à média nacional de -2,7%. Essa tendência também se reflete no acumulado de janeiro a abril, com uma queda de 4,1% em Pernambuco, maior do que a retração de 1% registrada no Brasil. Nos últimos 12 meses, de maio de 2022 a abril de 2023, a situação se repete, com um declínio de 4,9% no desempenho de Pernambuco, enquanto o país teve uma retração de 0,2%.
Segundo Fernanda Estelita, gerente de planejamento e gestão administrativa do IBGE em Pernambuco, a queda em abril indica que o setor industrial do estado não teve fôlego para manter o crescimento após os resultados positivos dos meses anteriores. Ela ressalta que a comparação com maio de 2022 mostra uma redução ainda mais acentuada e destaca a necessidade de um maior dinamismo para o segmento, com investimentos dependendo de uma sinalização de melhora na economia.
No mês de abril de 2023, cinco das 12 atividades industriais pesquisadas tiveram resultados positivos em relação ao mesmo mês do ano anterior. Destacam-se a fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (466,3%), a fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (71,1%), a fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (4,1%), a metalurgia (3,2%) e a fabricação de produtos de borracha e material plástico (2%). Por outro lado, a fabricação de produtos minerais não-metálicos teve o pior desempenho, com uma queda de 47,1%.
No acumulado de janeiro a abril, em comparação ao mesmo período de 2022, a fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (187,1%) e a fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (15,3%) ocupam as duas primeiras posições. Já a fabricação de produtos de borracha e material plástico subiu para a terceira posição (4,3%). A fabricação de produtos minerais não-metálicos manteve o pior desempenho, com uma queda de 47,3%.
No acumulado dos últimos 12 meses, de maio de 2022 a abril de 2023, a fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores teve o maior crescimento (53,2%), seguida pela fabricação de produtos de borracha e material plástico (6,6%) e pela fabricação de bebidas (1,9%). Mais uma vez, a fabricação de produtos minerais não-metálicos apresentou a maior retração, com uma queda de 36,2%.
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