Ministério projeta superávit comercial de US$ 79,4 bi em 2022
Projeção não considera eventual nova onda de casos de covid-19
Foto: Agência Brasil
Por Agência Brasil:
Apesar do aumento das importações nos últimos meses, o Ministério da Economia projeta que a balança comercial – diferença entre exportações e importações – continuará a crescer e encerrará 2022 com superávit de US$ 79,4 bilhões. A estimativa é 30,1% maior que o superávit recorde de US$ 61,01 bilhões registrado no ano passado.
O valor está mais otimista do que as previsões de mercado. Segundo o boletim Focus – pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central –, analistas econômicos projetam superávit comercial de US$ 55 bilhões para este ano.
O secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz, disse que as estimativas são preliminares e que não consideram uma eventual nova onda de covid-19, que poderia paralisar temporariamente o comércio global. “As incertezas continuam grandes no mercado externo. Há dificuldade enorme de fazer projeções para 2022”, justificou.
Na avaliação do secretário, mesmo com tantas incertezas, existe espaço para otimismo em relação à balança comercial. Segundo Ferraz, os preços das commodities (bens primários com cotação internacional) deverão cair um pouco em 2022, mas a safra recorde de grãos, estimada em 291,1 milhões de toneladas, e a recuperação do mercado de trabalho e dos serviços continuarão a dar estabilidade às exportações brasileiras.
Enquanto as vendas para o exterior continuarão relativamente estáveis, as importações deverão cair, impulsionando o superávit comercial. Segundo o Ministério da Economia, as exportações crescerão 1,4% em 2022 e encerrarão o ano em US$ 284,3 bilhões. Para as importações, a projeção está em US$ 204,9 bilhões, recuo de 6,6% em relação ao ano passado.
Importações
Para 2021, a pasta previa originalmente que o superávit comercial encerraria 2021 em US$ 70,9 bilhões. No entanto, o resultado final ficou quase US$ 10 bilhões inferior à estimativa. O secretário de Comércio Exterior disse que o saldo menor decorreu do aumento das importações, que superaram as previsões do governo.
No ano passado, as exportações bateram recorde. O Brasil vendeu para o exterior US$ 280,39 bilhões, com alta de 34% em relação a 2020 pelo critério da média diária. As importações ficaram longe do recorde registrado em 2013, mas cresceram em ritmo maior. Em 2021, o Brasil comprou US$ 219,39 bilhões do exterior, alta de 38,2% na mesma comparação.
Segundo o Ministério da Economia, dois fatores explicam a alta das importações no ano passado. O primeiro é a recuperação da economia, que elevou o consumo e a compra de itens que estavam represados desde o início da pandemia de covid-19. O segundo é a alta internacional do petróleo, que aumentou o valor importado de combustíveis e de insumos como fertilizantes.
Notícias Relacionadas
- Por REDAÇÃO
- 19/11/2024
Concurso unificado: sai hoje resultado de revisão de notas de títulos
Pedidos poderão ser consultados no site do certame
- Por REDAÇÃO
- 19/11/2024
Empregos ligados à tecnologia cresceram 95% em 10 anos, diz pesquisa
Maior variação foi para engenheiro de sistemas em computação
- Por REDAÇÃO
- 19/11/2024
Taxação dos super-ricos é aprovada em declaração de líderes do G20
Proposta brasileira foi acatada por consenso entre os líderes
- Por REDAÇÃO
- 18/11/2024
BNDES e AIIB assinam memorando para investimentos no Brasil
Bancos devem financiar ações de reconstrução do Rio Grande do Sul
- Por REDAÇÃO
- 18/11/2024
Seguro penhor rural cresce mais de 60% em Pernambuco no primeiro semestre de 2024
O crescimento da arrecadação em Pernambuco nos primeiros seis meses de 2024...
- Por REDAÇÃO
- 18/11/2024
Caixa disponibiliza o Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 2
Com adicionais, valor médio do benefício está em R$ 681,22