Mandetta diz que ciência balizou suas decisões à frente do ministério
Ex-ministro está depondo na CPI da Pandemia do Senado
Foto: Agência Senado
Por Agência Brasil
Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado, nesta terça-feira (4), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta ressaltou que a ciência foi um dos principais critérios usados por ele para a tomada de decisões em relação ao novo coronavírus. Antes de responder às primeiras perguntas do dia, feitas pelo relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), o ex-ministro da Saúde fez um balanço de sua gestão, ressaltando todas as medidas que sua pasta tomou no início da pandemia de covid-19.
Segundo Mandetta, sob seu comando, a pasta foi conduzida com base em três pilares: a defesa intransigente da vida, de que nenhuma vida seria desvalorizada; a defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) como meio para agir durante a pandemia; e a ciência como elemento de decisão.
Relator
Já durante a fase de perguntas, Mandetta rechaçou declarações do relator de que no início da pandemia o Ministério da Saúde tivesse orientado pacientes a buscar serviços de saúde apenas quando tivessem sintomas severos como falta de ar. "Isso não foi verdade. Estávamos no mês de fevereiro, janeiro. Não havia um caso registrado no país. As pessoas estavam com sensação de insegurança, pânico, porque viam o que estava acontecendo na China, Itália com lockdown. As pessoas procuravam hospitais para fazer testes e 99,999% eram de outros casos e 0,0001% era de vírus", disse.
Mandetta lembrou que o Brasil começou a registrar transmissão comunitária do vírus depois de 24 de março. “No momento de viroses, a orientação é observar, não se aglomerar no hospital. É uma guerra de narrativas", acrescentou.
Insumos
Perguntado sobre o planejamento para compra de insumos como kits intubação, Mandetta disse que à época de sua gestão foi feita a lista de tudo que era necessário para tratamento da doença, mas que enfrentou dificuldades por causa da alta demanda no mercado internacional. “Sabíamos sobre kit intubação. Esses materiais tiveram aumento expressivo na Europa e Estados Unidos. Houve monitoramento. Procuramos antecipar os problemas. Tínhamos dificuldade de ter os kits. A Fiocruz dependia de reagentes internacionais. O mercado estava convulsionado, mas as medidas foram tomadas. Iniciamos o processo de compra de 24 milhões de kits, mas não pudemos fazer. Fui exonerado e não pudemos fazer todo o plano: testagem, reparar, monitorar, evitar a transmissão", justificou.
Testagem
Calheiros quis saber a razão de o Brasil não ter tido testagem em massa no início da pandemia. Mandetta disse que em março de 2020 foi iniciado o processo de compra de 24 milhões de testes. “Depois fui exonerado e então soube que a estratégia da testagem em massa não foi utilizada. Era a nossa estratégia para diminuir o índice de transmissão", disse.
Para as testagens nos estados e municípios, o ex-ministro disse que a ideia era testar, bloquear contágios e tratar os pacientes na atenção primária, ampliando a rede de atendimento hospitalar. “Vimos pararem muitas coisas e não colocarem nada no lugar. A testagem é uma delas", afirmou.
Respiradores
Também em resposta ao relator da CPI, o ex-ministro da Saúde defendeu que as ações da pasta foram suficientes para apoiar os entes federativos na primeira onda da covid-19. "Passamos a primeira onda sem desassistência aos estados. Gradativamente, os estados e municípios fizeram ações complementares", disse.
Mandetta disse ainda que foram comprados 15 mil respiradores para todo o território nacional. “Quando todos queriam comprar de forma desorganizada, tinha briga entre estados, empresas vendendo mais que a capacidade de entrega. Nós fizemos monitoramento e são esses respiradores que seguram até hoje a epidemia. Os 15 mil foram entregues", disse.
Notícias Relacionadas
- Por REDAÇÃO
- 11/10/2024
Propaganda eleitoral no rádio e na TV retorna nesta sexta-feira (11)
Programação vai até 25 de outubro em 52 cidades
- Por REDAÇÃO
- 09/10/2024
Vereadores reeleitos são 40% dos escolhidos para câmaras municipais
Segundo o TSE, 23 mil parlamentares conseguiram prolongar mandatos
- Por REDAÇÃO
- 06/10/2024
Candidata à prefeitura de Caruaru, Michelle Santos, vota na Secretaria da Fazenda
Michelle afirma estar confiante no resultado
- Por REDAÇÃO
- 06/10/2024
Maria Santos, candidata à prefeitura de Caruaru, vota na Câmara de Vereadores
Maria chegou de 9h para votar acompanhada dos apoiadores.
- Por REDAÇÃO
- 06/10/2024
Candidato a prefeito de Caruaru, Armandinho, vota na Unifavip
Armandinho chegou no local por volta das 9h45, acompanhado da esposa e da...
- Por REDAÇÃO
- 06/10/2024
Rodrigo Pinheiro afirma "campanha transparente e propositiva" após votar neste domingo (6)
Candidato acredita na vitória já neste primeiro turno