Infogripe aponta tendência de queda da SRAG na maior parte do país
Apenas em Roraima e São Paulo há sinal de crescimento
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O novo Boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (5) pela Fiocruz, aponta tendência de queda ou estabilidade de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em todas as faixas etárias na maioria dos estados brasileiro. Apenas em Roraima e São Paulo há sinal de crescimento na tendência de longo prazo. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz, foram notificados 164.330 casos de SRAG no país até o momento.
Em Roraima, o aumento dos casos da síndrome está concentrado em crianças de até 2 anos e em crianças e adolescentes de 5 a 14 anos. Já em São Paulo, o crescimento se concentra nas crianças e adolescentes na faixa de 2 a 14 anos.
“Os dados laboratoriais disponíveis até o momento em ambos os estados ainda não permitem identificar com clareza os vírus responsáveis por esse aumento. É provável que o crescimento de SRAG esteja sendo impulsionado por algum vírus que afeta principalmente crianças e adolescentes, como o rinovírus, VSR, adenovírus ou metapneumovírus”, disse a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe.
Para a população dos dois estados, Tatiana recomenda cuidados como o uso de máscaras em locais fechados e dentro de postos de saúde. Como a maioria dos casos afeta a população infantil e adolescentes, a pesquisadora diz que, diante de sintomas de síndrome gripal, os pais devem evitar levar as crianças para a escola. “O ideal é que a criança fique em casa se recuperando e evitando transmitir os vírus para outras crianças. Além disso, é importante que toda as pessoas do grupo elegível, procurem os postos de vacinação”, acrescenta.
Tatiana Portella ressalta ainda que, em crianças e adolescentes de até 14 anos, o rinovírus permanece como o principal vírus responsável pelos casos de SRAG, enquanto a covid-19 predomina entre os idosos. “Contudo, as hospitalizações associadas a ambos os vírus estão em tendência de queda ou estabilidade na maior parte do país.”
Entre as ocorrências deste ano, 17,1% foram influenza A; 1,9%, influenza B; 34,5%, vírus sincicial respiratório (VSR); 26,7%, rinovírus, e 19,4%, Sars-CoV-2 (Covid-19).
Quanto aos óbitos, o boletim constata que, durante o ano, cerca de 10.080 pessoas morreram por SRAG.
Por Agência Brasil
Notícias Relacionadas
- Por REDAÇÃO
- 19/12/2024
Brasileiros relatam menor renda e insegurança alimentar após pandemia
Mais pobres e casas chefiadas por mulheres tiveram maior impacto
- Por REDAÇÃO
- 17/12/2024
A cada 100 pessoas que têm tétano, cerca de 30 morrem
Alerta é do Ministério da Saúde
- Por REDAÇÃO
- 13/12/2024
Aids: Brasil tem alta de casos, mas menor mortalidade desde 2013
Em 2023, 96% das pessoas com a doença foram diagnosticadas
- Por REDAÇÃO
- 11/12/2024
Dia D contra dengue promove ações de conscientização em todo o Brasil
Atividades de prevenção serão feitas em todo o país no próximo sábado
- Por REDAÇÃO
- 06/12/2024
Câncer de pele gera R$ 4,6 mi em custos hospitalares em quase 2 anos
SUS registrou nesse período 2,83 atendimentos da doença no país
- Por REDAÇÃO
- 06/12/2024
Infogripe aponta tendência de queda da SRAG na maior parte do país
Apenas em Roraima e São Paulo há sinal de crescimento