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Cotação do ouro supera US$ 4.500 com expectativa de corte de juros nos EUA

Outros metais seguem a tendência: a prata e o cobre também registraram recordes na terça-feira, enquanto a platina atingiu a maior cotação desde maio de 2008.

Por: Redação CBN

A cotação do ouro superou a marca de 4.500 dólares por onça (31,1 gramas) nas negociações asiáticas desta quarta-feira (24), impulsionada pela expectativa de que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) continue reduzindo as taxas de juros no próximo ano, além das tensões entre Estados Unidos e Venezuela.

O metal, considerado um “ativo refúgio” — ou seja, um investimento procurado em períodos de incerteza econômica ou política — era negociado a US$ 4.519,78 (R$ 24.940) por onça, mantendo uma sequência de alta que já acumula valorização de 70% desde o início de 2025.

Outros metais seguiram a tendência: a prata e o cobre também registraram máximas na terça-feira, enquanto a platina atingiu o maior valor desde maio de 2008.

Segundo analistas, o movimento é parcialmente explicado pelo aumento dos riscos geopolíticos entre Washington e Caracas, após o presidente Donald Trump declarar na segunda-feira que seria “inteligente” que seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, deixasse o poder.

Em 16 de dezembro, Trump anunciou um bloqueio a “navios petroleiros sancionados” que navegam de ou para a Venezuela. Desde setembro, a presença de navios de guerra americanos no Caribe em uma operação contra o narcotráfico resultou em mais de 100 mortes. A Venezuela denuncia a campanha como uma tentativa de derrubar Maduro e controlar as riquezas do país.

Ao mesmo tempo, os mercados mostravam disposição para fechar o ano em tom positivo, impulsionados pelo otimismo em relação a 2026, especialmente sobre a economia dos Estados Unidos, o que compensou as preocupações recentes com a avaliação do setor de tecnologia.

Na terça-feira, os operadores de Wall Street levaram o índice S&P 500 a um nível recorde, após a divulgação de dados que mostraram que a maior economia do mundo cresceu 4,3% no terceiro trimestre, a taxa anualizada mais rápida em dois anos e acima das expectativas de 3,3%.


O crescimento foi impulsionado pelo desempenho dos gastos de consumidores e empresas, oferecendo um alívio aos investidores diante de dados recentes mais fracos sobre emprego.

Com a economia apresentando resultados melhores do que o previsto, os investidores reduziram as apostas em um novo corte das taxas de juros pelo Fed no próximo mês.

Embora a expectativa de redução dos juros tenha sido um fator-chave na alta recente dos mercados, analistas afirmam que o forte crescimento econômico compensou qualquer decepção com a manutenção das taxas neste momento.

Por G1 Economia

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Acervo CBN

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