Pequenas empresas brasileiras enfrentam o endividamento devido às altas taxas de juros
As taxas de juros são um dos principais problemas que afetam o dia a dia das empresas.
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Com a taxa básica de juros da economia, a Selic, mantida em 13,75% desde agosto de 2022, e o crédito escasso, as micro e pequenas indústrias brasileiras estão cada vez mais endividadas. Segundo um levantamento nacional encomendado pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi), 76% das empresas estão sendo prejudicadas pelas altas taxas de juros, e em média, 26% delas estão com despesas elevadas.
O presidente do Simpi, Joseph Couri, destaca que as taxas de juros são um dos principais problemas que afetam o dia a dia das empresas, dificultando o acesso ao crédito e garantindo a desaceleração da atividade econômica. Ele afirma que a taxa de reclamações contra juros altos varia de região para região, sendo mais alta no Nordeste, onde 83% das empresas sentem o impacto negativo das taxas de juros.
Segundo Couri, o crédito para as pequenas e médias está reduzido porque os bancos não estão interessados em emprestar devido às perdas com grandes empresas que entraram com pedido de recuperação judicial. Isso afeta 41% de todas as micro e pequenas elétricas.
Uma pesquisa do Simpi, realizada pelo Datafolha, revela que a inadimplência aumentou entre fevereiro e março, em relação a dezembro e janeiro, passando de 37% para 39% na média nacional. No Nordeste e no Norte/Centro-Oeste, as taxas são ainda maiores, alcançando 53% e 48%, respectivamente. Couri destaca um dado preocupante: 50% das empresas não possuem capital de giro suficiente para cobrir as despesas complementares, 9% possuem mais do que o necessário e 41% dependem de empréstimos bancários.
Em média, 26% das empresas estão deixando de pagar contas, incluindo itens como bancos, fornecedores, salários dos funcionários, impostos e despesas gerais. Na região Centro-Oeste/Norte, essa taxa é ainda maior, chegando a 37%. Já na região Sul, é a menor, ficando em 20%.
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